Kelly Jenyfer – @kellyjenyferjornalista

O programa Barba na Rua, ancorado pelo apresentador Rogério Barba, recebeu na segunda-feira (25/03), Fernando Costa, conhecido artisticamente como Elom, um artista plástico e arte educador. Ele colore as ruas de várias cidades com seus grafites, esculturas e paisagismo criativo. 

O programa Barba na Rua é uma parceria da TV Comunitária com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, da 4ª Edição do Brasília Mostra Sua Cara e Cultura.

Ele nasceu em 1977, em Ceilândia-DF, e é lá que ele mora e cria suas obras até os dias de hoje. Sua jornada artística teve início em 1993. Elom se destaca por sua influência na cena urbana, e sua arte vai além do convencional, incorporando elementos da cultura das cidades e da natureza em suas criações.

“O nome Elom é um nome que escolhi para minha carreira artística. A razão por trás desse nome é o desejo de deixar um legado para um futuro filho, e esse sonho se realizou. Tenho um filho de 11 anos, e o nome dele é Elom”, explica.

O artista e educador Fernando Elom destaca que as pessoas que crescem na periferia de Ceilândia muitas vezes não têm perspectivas de futuro. “Por estar sempre em busca de objetivos e metas na vida, acabei sendo escolhido pela própria Ceilândia para representá-la nas ruas. Hoje, me sinto feliz por viver do grafite e por ser uma figura importante para Ceilândia, pois essa comunidade faz parte da minha história”, ressalta.

Elom relata que, quando começou no mundo do grafite, ele fazia parte de um grupo de artistas plásticos, mas por ser muito jovem, acabava se sentindo perdido entre os grafiteiros. “Eu tive a oportunidade de me inspirar em legados deixados no passado e, por representar Ceilândia hoje, acabei ganhando visibilidade no governo devido ao meu trabalho voluntário. Isso despertou o interesse das pessoas em conhecer o artista, e tudo foi acontecendo de forma natural. Hoje, também acabo sendo uma referência dentro do governo”, afirma.

O artista e educador destaca que considera o trabalho social uma missão pessoal. “O grafite transmite a mensagem das ruas, além do hip hop, que é a voz da quebrada. Quando tive a ideia de criar os contos da CI, pensei em algo que pudesse dar voz e entrevistar pessoas, e me questionei: por que não dar voz e entrevistar pessoas das ruas? A maioria busca entrevistar apenas pessoas com poder aquisitivo, fama ou reconhecimento. Mas as pessoas das ruas são invisíveis para muitos”, enfatiza.

Fernando Elom também menciona que tem várias missões em Ceilândia. “Lá é minha comunidade. Estou pensando em estabelecer uma parceria com o Jovem Expressão para transformar a Praça do Cidadão em um ponto turístico, não apenas para os jovens, mas também para a terceira idade. Conto muito com o apoio da Novacap, do Governo do Distrito Federal e de outras instituições, pois quero fazer da Praça do Cidadão uma verdadeira referência em Ceilândia. Este é um dos meus objetivos”, afirma.


Confira esta edição completa aqui: 

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