A segunda Turma da Escola de Mídia de 2024 – TV em Movimento da TV Comunitária de Brasília teve resultados surpreendentes. A turma foi composta por mulheres, homens e crianças potentes do Paranoá, do Itapoã e do Recanto das Emas. Em abril, haverá duas outras oficinas da Escola de Mídia.
A turma produziu e apresentou sete programas de tv ao vivo, abordando diversos temas, sendo um totalmente infantil, ancorado pela atriz e bailarina Melissa Potira Dias Rocha, que falou sobre brincadeiras de crianças.
A turma foi composta por lideranças que,
historicamente, têm feito a diferença nas pautas de moradia, saúde, educação,
cultura e assistência social, e que têm sido essenciais para a transformação e
melhoria das condições de vida de suas comunidades.
Na Escola de Mídia da TV Comunitária, elas
tiveram a oportunidade de amplificar suas vozes e discutir suas lutas de forma
mais ampla e abrangente. Por meio do curso, elas aprenderam a utilizar a
televisão para divulgar suas pautas, mobilizar a população e sensibilizar as
autoridades para as demandas das comunidades.
Elas enfrentam desafios diários, mas não
desistem de lutar por seus direitos e pelos direitos de suas comunidades. Com
coragem e determinação, falaram das injustiças sociais que enfrentam.
Na primeira parte da oficina, realizada no sábado (16/3/24), nos estúdios da TV Comunitária, a turma conheceu os estúdios e as estruturas da TV Comunitária e se prepararam para ocupar as múltiplas telas do canal comunitário.
Na segunda parte, realizada no domingo (17/3/24), também nos estúdios da TV, os alunos e as alunas iniciaram os programas ao vivo com todas e todos no estúdio, mandando recados que cada um e cada uma achava ser o mais importante. E foi a primeira vez que uma Turma da Escola de Mídia começou uma oficina com espaço televisivo para que cada um pudesse expressar o seu recado, de forma livre e espontânea.
Confira o resultado em um dos links abaixo:
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Depois a turma se dividiu em 7 grupos, que abordaram temas distintos, tais como: saúde, educação e cultura do Cedep – Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá; educação e cultura; artesanato; agricultura familiar – Comunidade Carlos Lamarca; latinidade e festas; brincadeiras de crianças; e bate papo diversificado sobre educação, a mulher na tv, quintal da vovó, yoga para todos, idosos e crianças.
Abaixo, siga os resumos dos programas ao vivo de cada grupo e clique no link de sua preferência para assisti-los no youtube, facebook ou instagram da TV Comunitária de Brasília.
Grupo 1 – tratou sobre saúde educação cultura do Cedep), com Maria de Lurdes, Railce Pinheiro, Maria Lucia da Silva e Jaqueline Dias. Foi um bate papo com as vozes da experiência. Dona Maria mora no Paranoá desde os 16 anos, e desde sempre engajada nas políticas públicas da sua cidade, incluindo a voz da experiência e realizando um movimento de alfabetização com professores parceiros. Sem fins lucrativos que visa sempre o empoderamento das famílias do Paranoá.Dona Maria Lucia faz parte do grupo da voz da experiência, está aprendendo a ler escrever, fazendo amizades e cuida da horta.Dona Railce chegou em 1981 no Paranoá, mãe de 6 filhos e sempre trabalhou em casa de família. Depois de um problema na coluna precisou aprender uma nova função e se encontrou no artesanato pelos cursos do CEDEP.Tem boas amizades no espaço, e conta os dias pra estar com as amigas do projeto “as vozes da experiência”. Dona Railce gostaria de aprender mais de artesanatos com oficinas para além do que já sabe. Dona Maria, conta que o governo e institutos deveria olhar mais para as instituições para os grupos de 3 idade para financiar recursos para melhorar o trabalho. O Cedep está aberto para receber mais parceiros, pois o espaço já conta com 70 idosos atualmente e planejam expandir para alcançar mais idosos do Paranoá. Jaqueline fala sobre o descaso com a terceira idade, para que existam espaços de proteção para os idosos. Dona Railce fala sobre algumas dificuldades de mexer nas redes sociais, mas que meche no básico, e compara os momentos atuais de conseguir se comunicar com pessoas que estão do outro lado do mundo. Jaqueline pergunta porá dona Maria como combater a terceira idade com golpes e fake news. Dona Maria conta que estão com um projeto de aulas de computação e redes socias para os idosos Mas conta que ainda é muito distante, mas que no curso haverá um curso de letramento de redes sociais para auxiliar os idosos a não caírem em golpes. Conta também sobre a horta, onde tudo é produzido e divido entre eles para distribuição das famílias. Dona Maria conta que além do trabalho dos idosos, tem também, para crianças a partir de 2 anos, e para adolescentes. Jaqueline finaliza pontuando sobre o respeito com a nossa terceira idade. Com uma frase do Rei Roberto Carlos: “Quem espera que a vida, seja feita de ilusão pode até ficar maluco ou morrer na solidão, é preciso ter cuidado pra mais tarde não sofrer, é preciso saber viver”.
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Grupo 2 – abordou os temas Educação e Cultura
por meio do método do Teatro do Oprimido de Augusto Boal, com Rosa Vasconcelos e Tiago Leal. Rosa é do Grupo de Teatro Comunitário do Itapoã e fala
sobre a arte de olhar pra nós mesmos. Tiago que é do Grupo de Teatro Formigueiro,
fala sobre o teatro do oprimido, sobre o que é, e o que acontece com palavra,
som e imagem, as técnicas trabalhadas com os jovens. Falam sobre a luta contra
o racismo. Sobre estar em lugares de mostrar talentos e com é importante ocupar
esses espaços. Eles estão em produção com outros professores, em roteiros e figurino.
Rosa fala sobre Augusto Boal, que diz que o teatro é uma arma poderosa, que se
correspondia com Chico Buarque através de música. No ao vivo ela canta uma canção
de autoria de Chico Buarque. Tiago em parceria com Rosa estão iniciando uma oficina
de teatro no Paranoá e no Recanto das Emas. A Companhia Formigueiro Teatro e o Grupo
Comunitário do Itapoã. Eles finalizam e a agradecem ao espaço que ESCOLA DE
MIDIA oferece, e como é importante estar nesses espaços.
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Grupo 3 –
ancorado pela jornalista Camila Piacesi, o grupo conversou sobre ARTESANATO,
com Clelia Luzia – Muçurana Tapuia e Maria Keila, duas artistas do DF. Muçurana conta que é
do Povo Tapuia, e que nasceu em Brasília, realiza trabalhos de artesanato e bio-joias.
Faz artesanatos por encomenda, tapetes, bolsas, com fios conduzidos. Dá aulas
de crochê para senhoras, no projeto de comunidade no CEDEP e Sobradinho. Keila
é alagoana, e trabalha com bolsas de crochê feitas à mão. É mãe e trabalha
durante o dia e tem inspiração à noite para fazer suas bolsas. Ela diz
que se encontrou no artesanato como uma terapia, com peças únicas com capricho
e técnica.
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Grupo 4 – A Agricultura familiar na Comunidade Carlos Lamarca foi tema abordado pela aluna Rivânia dos Santos. Ela está na comunidade há dois anos, e gostaria de desenvolver mais ações, pois não são assistidos pelo governo. Utilizam de poço artesiano e energia emprestada. Gostariam de mexer mais com a terra. Tem 300 pessoas hoje na comunidade, famílias e muitas crianças. A sede onde as pessoas estão podem promover reuniões, recebem as campanhas de vacinação da saúde, controle de dengue. Estão lutando para a posse de terras, pois ainda não são os donos. Plantam no momento, mandioca, abobora, pois, são mais fáceis de produção devido as condições climáticas. Produzem para consumo próprio por enquanto. As crianças estudam nas escolas rurais próximas, tem ônibus fornecidos por parceiros. As crianças brincam de pipa, bola, sem muito acesso as telas. Rivânia conta que é ativa na comunidade visando melhorias futuras.
Links:
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Grupo 5 – composto
porIsabel Alexandre, Zilma Cassemiro, Rosana Teixeira, Vanessa Diniz e Neide
Castro o bate papo do grupo foi bem diversificado e envolveu educação, a
mulher na tv, quintal da vovó, yoga para todos e idoso e crianças especial. Zilma falou do projeto que realiza com a filha no
contraturno com espaço pedagógico, oferendo descanso, atendimento pedagógico e
acompanhamento das tarefas escolares. É um espaço que as famílias têm para as
crianças ficarem no contraturno da escola no vespertino. Rosana comenta sobre o
sonho de quando Paranoá ainda era uma vila, onde um professor entregou uma câmera
pra um aluno fazer um registro sobre a cidade, que despertou em Rosana o desejo
de mostrar a sua comunidade através de uma tv comunitária, pela qual as pessoas
possam mostrar o trabalho e cultura da comunidade, resgatando a historia e luta
de homens e mulheres. Vanessa é assistente social, fala sobre o coletivo. Comenta
que a maioria das famílias do Paranoá são de famílias monoparentais, formadas
principalmente por mulheres. Isabel realiza um trabalho no CEDEP com idosos, um
grupo em torno de 60 pessoas, dando condições de buscar outras fontes experiências
para esse grupo. Trabalha na inclusão tecnológica, fazendo uma ponte com a sociedade
atual. Trazendo os mais pra perto da comunidade como um todo, também a
alfabetização. Ela fala também da parceria com a FIOCRUZ que proporcionou um curso
de Economia Solidária. Neide, professora de Ioga, desde 2017, prática milenar
trazida da Índia. A prática da hata ioga é acessível para todos os públicos,
com técnicas de respiração e meditação. Trazendo um olhar de empatia para o
outro. Finaliza mostrando uma técnica de equilíbrio e calma para os telespectadores.
Izabel convida as famílias para conhecerem o CEDAP para participarem das atividades
e oficinas oferecidas.
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Grupo 6 – este grupo foi dirigido pela atriz e bailarina Melissa, de dez anos, e o assunto foi Jardim de Crianças e Brincadeiras de Crianças. Melissa conversou com os colegas Samira, Miguel Juan, Valentina e Valentina. Eles falaram sobre suas brincadeiras favoritas e de como brincar.
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GRUPO 7 – este grupo foi do eu sozinho. Foi um recado do peruano com o DJ Fredy Roland, também produtor de eventos e agente cultural, bem como embaixador da cultura latina no Brasil, falando sobre os seus eventos que promovem a nossa latinidade. Sigam ele pelo endereço: @LatinoEventosBr
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