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Polícia Civil do DF está em pé de guerra com o GDF na luta por assistência à saúde custeada pelo Fundo Constitucional,
reposição de perdas salariais, reajuste do auxílio-alimentação, implantação de
um auxílio-uniforme e por mais contratação de policiais para corrigir
a defasagem história no efetivo: poucos
policiais à disposição da população.
Essas são algumas das reivindicações da Polícia
Civil do DF, que decidiu, em assembleia realizada, no dia 3 de janeiro,
paralisar parte dos serviços até que suas reivindicações sejam atendidas pelo
GDF.
Esses foram os assuntos principais do programa Papo a Bessa, ancorado pela advogada Lucia Bessa, com a presença do convidado Alex Galvão, presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol-DF).
O presidente do Sinpol-DF destaca que há várias reivindicações para tentar sanar o grande prejuízo que a polícia vem sofrendo ao longo desses anos. “Hoje as delegacias só estão abertas porque o policial trabalha na folga dele. E ele precisa trabalhar nas folgas porque não tem uma composição salarial adequada”, lamenta.
De acordo com Galvão, todas as delegacias do DF possuem uma sessão de atendimento à mulher. Segundo ele, a central de flagrantes se preocupa muito em atender os casos de feminicídio muito rápido e dar assistência imediata para a vítima.
Ele enfatiza que o feminicídio é um crime terrível onde a questão cultural ainda está muito envolvida. “Os meus primeiros anos na polícia foi no Paranoá e lá eu puder ver todo tipo de violência doméstica. Pedimos encarecidamente ao governador para que olhe para a Polícia Civil. É olhando para nossa categoria que consequentemente estará olhando para a população. Esse é nosso grande recado”, afirma.
Alex Galvão afirma que atualmente, a pasta que mais dá um retorno para o governo Ibaneis é a pasta da Segurança Pública. Segundo o presidente do Sinpol, a categoria tem um Fundo Constitucional que foi criado para manter e organizar a Polícia Civil, Militar e o Corpo de Bombeiros. “Para se ter qualquer reestruturação de carreira, temos que passar pelo Congresso Nacional”, comenta.
O presidente do Sinpol menciona que a categoria em forma de tentar resolver vários problemas como a regulamentação de uma assistência à saúde, está buscando um modelo de assistência à saúde junto ao governo para atender os policiais.
A apresentadora Lucia Bessa completa dizendo que é uma categoria extremamente adoecida. “Da forma que eles vêm trabalhando, com um salário que muitas vezes tem que ser complementado com o serviço voluntário gratificado e assoberbados de trabalhos e responsabilidades, realmente é difícil”, pontua Lucia Bessa.
Assista esta conversa completa aqui: