Nos atos realizados no sábado (9), a maioria dos cartazes e faixas e também os gritos de guerra e discursos denunciaram o aumento da corrupção e a disparada da inflação e culparam Bolsonaro

Na Esplanada dos Ministérios em Brasília, líderes sindicais, sociais e indígenas, presentes na cidade no Acampamento Terra Livre, realizaram uma marcha do Museu da Republica até ao gramado do Congresso Nacional.

Nas faixas e cartazes a condenação ao desemprego, a fome e a inflação dominaram as faixas e cartazes. Havia também faixas contra a privatização da Eletrobras e em defesa do petróleo é nosso e da Petrobras.

Os povos indígenas defenderam a demarcação de suas terras e denunciaram os projetos de lei que permitem o garimpo em suas terras, especialmente o PL 191 de 2020.

Em frente ao Congresso Nacional, o MST inflou um monumento de caveira escrito VENENO, para condenar a iniciativa do governo genocida que quer liberar todos os agrotóxicos no país, inclusive alguns proibidos em seus países de origem.

MATERIA DA CUT BRASIL

 Publicado: 09 Abril, 2022 – 12h06

Escrito por: Redação CUT | Editado por: Marize Muniz

 ROSANGELA FERNANDES/CUT-RIO

No dia em que as capas dos jornais destacam a disparada da inflação – a maior dos últimos 28 anos para o mês de março, segundo o INPC do Instituto Nacional de Geografia e Estatística (IBGE) –, com manchetes como “Preços enloquem nos supermercados”, no Portal do Estadão, o povo vai às ruas do Brasil para mostrar sua insatisfação com a condução da política econômica do país, responsável pela carestia, desemprego, fome e miséria, e pedir o fim do governo do comandante da tragédia brasileira, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

#ForaBolsonaro e #BolsonaroNuncaMais esteve estampado a manhã inteira em faixas e cartazes e também foi o grito do povo, que vê o salário encolher e o poder de compra ir para o ralo enquanto o presidente anda pelo país inteiro fazendo campanha eleitoral antes da época (pela lei, a campanha começa em agosto), gastando rios de dinheiro público ao invés de elaborar uma política para resolver o drama do desemprego, da inflação, do desalento.

Em Maceió, os manifestantes lembraram ainda a proximidade entre Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), envolvido em denúncias de corrupção por usar emendas do relator para mandar milhões de reais para aliados no estado. E também as milhares de mortes por Covid-19 que poderiam ter sido evitadas se o governo tivesse atuado com medidas de restrição, além de comprar vacinas mais depressa.

“Fome, morte e corrupção. Lira, está nas suas mãos. Aceite o impeachment!”, dizia um cartaz cobrando do presidente da Câmara que tire da gaveta os mais de 130 pedidos de impeachment contra Bolsonaro.

As verbas enviadas para prefeitos aliados de Lira foram desviadas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). O objetivo era a compra de kits de informática para escolas que não têm computadores e sofrem com a falta de água e luz. O presidente do FNDE é Marcelo Lopes da Ponte, que recebeu os pastores amigos de Bolsonaro – Gilmar Santos e Arilton Moura -, suspeitos de integrarem um gabinete paralelo, no Ministério da Educação (MEC), que derrubou o ministro Milton Leite. Lopes da Ponte foi indicado para o cargo pelo  ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, do PP, mesmo partido de Lira, e tem de explicar também a compra superfaturada de ônibus escolares.

No Rio de Janeiro, a concentração na Candelária reuniu milhares de pessoas que sairam em caminhada até a Cinelândia. Nos cartazes, além de ‘fora, Bolsonaro’, o povo pediu também ‘fora, Guedes’, se referindo ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que até agora não apresentou uma proposta sequer se desenvolvimento econômico e social para o país. Todas as propostas do ministro são para retirar direitos sociais e trabalhistas. No cartaz, a manifestante também protestou contra o racismo e a corrupção.  

Confira mais atos realizados:

Maranhão

Em São Luís, a caminhada saiu da Praça João Lisboa, às 9h, com manifestantes carregando as já tradicionais faixas pedindo o ‘fora, bolsonaro’ e também cartazes se referindo a disparada dos preços da energia elétrica. “O preço da luz é um roubo”, dizia um desses cartazes.

Mato Grosso do Sul

Em Campo Grande, os manifestantes se concentraram na Avenida Afonso Pena esquina com a Rua 14 de Julho, às 9h, com faixas e cartazes contra os preços abusivos dos combustíveis, pagos em dólar por causa da Política de Preços Internacionais da Petrobras (PPI), criada pelo ilegítimo Michel Temer (MDB-SP) e mantida por Bolsonaro, e também em defesa da vida, da democracia e dos serviços públicos.      

Paraíba

Em João Pessoa, a manifestação começou com um ato político-cultural no Ponto de Cem Reis, local onde o presidente da CUT-PB, Tião Santos, explicou as razões da manifestação: estamos aqui, disse ele, contra a carestia, contra a corrupção no governo Bolsonaro. Basta desse governo”.

“Temos obrigação de tirar Bolsonaro do governo em outubro, para que nunca mais tenhamos um governo do fascismo, que desmonta o país”, disse Tião se referindo as eleições presidenciais deste ano.

Pernambuco

Em Recife, as mobilizações pelo #BolsonaroNuncaMais começaram nas primeiras horas da manhã, Parque Treze de Maio, de onde os manifestantes sairam em passeata até a Praça do Carmo, no centro da capital pernambucana.

“A luta é contra a precariedade”, disse o presidente da CUT-PE, Paulo Rocha. Segundo ele, hoje é dia de protestar contra a fome, o desemprego, e o aumento dos preços dos combustíveis, que impactam fortemente nos índices de inflação. “Tudo isso junto, culpa do desgoverno Bolsonaro, trouxeram de volta ao Brasil a fome, o desemprego a falta de esperança em diuas melhores”, disse.

Sergipe

Na Praça dos Mercados de Aracaju, o povo se reúne para dizer “não” à fome, à carestia e o aumento do preço dos combustíveis. O Brasil que trabalha veio às ruas para dizer #forabolsonaro #BolsonaroNuncaMais  #chegadefome #chegadecorrupção #chegademachismo #chegaderacismo.

Fonte: CUT Brasil

https://www.cut.org.br/noticias/brasileiros-protestam-contra-carestia-e-corrupcao-veja-balanco-de-atos-da-manha-5816

MACHISMO

VÍDEO: mulheres indígenas são alvos de comentário sexista da PM do DF

Milhares de indígenas estão em Brasília para participar do Acampamento Terra Livre, que tem por objetivo derrubar o PL 191, que permite a mineração em reservas

Cerca de seis mil indígenas estão acampados em Brasília por conta da realização da 18ª edição do Acampamento Terra Livre (ATL). O tema deste ano e “Retomando o Brasil: Demarcar Territórios e Aldear a Política”. O evento segue até a próxima quinta-feira (14).  

E na tarde deste sábado os indígenas acampados se somaram à manifestação contra o presidente Jair Bolsonaro (PL). O ato como um todo contou com dificuldades imposta pela Polícia Militar do Distrito Federal, entre elas, a revista de todas as pessoas indígenas que iam participar do ato. 

Além disso, cinegrafistas que estavam acompanhando o ato flagraram um policial militar conversando com um colega e afirmar que “essas indiazinhas os peitinhos para o lado de fora” provocam. O comentário, além de racista, é sexista. 

O objetivo central do Acampamento Terra Livre deste ano e derrubar o PL 191 que, caso seja aprovado, vai permitir a mineração em terras indígenas, que pode resultar na morte de povos originários.  

Fonte:

https://revistaforum.com.br/brasil/2022/4/9/video-mulheres-indigenas-so-alvos-de-comentario-sexista-da-pm-do-df-112793.html
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